O NEGRO COMO NERD NO BLACK BAHIA

1 BLACk

Era para ser um evento presencial no teatro Eva Hertz, na livraria Cultura do Salvador Shopping, no dia 15 de maio, dentro das atividades do mês geek. Mas a pandemia virou o mundo de cabeça pra baixo. A ideia era criar um evento para discutir sobre negritude e nerdice, sobre o artista negro como produtor de conteúdo nerd, geek e pop. Mesmo em Salvador, uma cidade com 80% da população negra, os espaços nerds ainda são muito de classe média, ou seja, majoritariamente ocupados por público e artistas brancos. Porque é a diversidade que torna qualquer coisa mais vibrante, com troca de experiências e novas ideias. Tem melhorado? Sim. Mas melhorado quanto? As oportunidades e os incentivos são suficientes para os artistas negros, no caso? A mentalidade dos gestores de cultura e dos empresários do setor está mudando mesmo? As pessoas em geral querem consumir narrativas negras? O nerd negro está tendo acesso à produção de artistas negros? É para responder a essas e outras perguntas que vai rolar a live Black Bahia, cultura nerd, tecnologia e arte. É uma parceria com a booktuber mais retada da Bahia, Lorena Ribeiro, que vai acontecer no seu canal Passos entre Linhas , com mediação minha e dela, no dia 30/05, sábado, às 15h. O evento também é uma iniciativa da escritora Mariana Madelinn. Conheçam nossos convidados abaixo. Não percam!

1 mariana

Mariana Madelinn nasceu no inverno de 1994, em Salvador. Uma bacharel em Direito que não consegue imaginar uma realidade sem que esteja escrevendo. Desde 2009 tem um blog lírico intitulado Cantar à Vida, no qual posta poesias e prosas poéticas. Além disso, já publicou dois livros de realismo fantástico na Amazon: A Trilha (2018) e As Inverdades Nunca Ditas (2019). Participou da antologia Manifesto Poético (editora Resistência, 2019) e é uma das autoras convidadas da antologia Farras Fantásticas, em valorização da literatura fantástica nordestina, pela editora Corvus.

1 marcelo

Marcelo Lima é autor de quadrinhos e de audiovisual há 10 anos. Indicado duas vezes ao prêmio HQ Mix, escreveu a série animada Auts (PlayKids/TV Cultura/TVE Bahia) e co-criou as séries Pequenos Narradores (TV Aratu) e Galera da Praia, parceria com o Projeto Tamar. Venceu o Prêmio Literário João Ubaldo Ribeiro – Prefeitura de Salvador (2017) pela adaptação para HQ do romance O Bicho que Chegou a Feira, de Muniz Sodré. Também foi roteirista das HQs Lucas da Vila de Sant’Anna da Feira (com Marcos Franco, 2010) e O Quarto ao Lado (2016). É pesquisador de animação, transmídia e ficção seriada na UFBA.

1 bells

Bells Barbosa é black feminista e caprica obcecada. Nerd, fanfiqueira, otaku e shipper. Problematizadora na vida, colunista e podcaster no site Maratona de Sofá.

2 shon

Anderson Shon é escritor, professor, poeta, nerd e super-herói nas horas vagas. Autor dos livros Um Poeta Crônico (2013) e Outro Poeta Crônico (2019), ele não se contenta com a ideia da escrita única e passeia pelos mais diversos tipos de literatura possíveis. Tem o site andersonshon.com, no qual fala sobre representatividade e nerdice na coluna Black Nerd. Transforma músicas em contos na coluna Cantando o Conto. Expõe seus pensamentos peculiares na coluna PenSHONmentos. E traduz sua criatividade através de seus Contos Crônicos. O mais conhecido deles, O Dia do Yuri, até já ganhou uma versão audiovisual pela produtora Cloud Filmes. Escreveu para a Correio Nagô, Jovem Nerd, Iradex entre outros. É um dos colaboradores voluntários do Jornal A Voz da Favela. Sua nova empreitada passeia pelo universo do podcast, sendo idealizador, produtor e editor do O Que Você Está Lendo?, sobre livros e leitura.

2 zeze

Zezé Ifatolá Olukemi é grafiteiro, design gráfico, game designer , escritor, poeta e promotor de anti-racismo e direitos humanos formado pelo Instituto Steve Biko. É praticante do culto Iṣẹṣe Lágbà (religião tradicional yorubá) e pesquisador da cultura tradicional yorubá. Foi conselheiro de cultura do município de Salvador e co-fundador da ITAN Game Development. Atualmente é graduando em tecnologia em jogos digitais pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Ele mantem o site zezeolukemi.